Polícia russa acusa de vandalismo artista que pregou testículos em praça
A polícia da Rússia informou nesta sexta-feira que apresentou uma queixa-crime por vandalismo contra o artista Piotr Pavlenski, que pregou seus testículos entre os paralelepípedos da Praça Vermelha no último domingo (10), em protesto contra o presidente Vladimir Putin.
Segundo os agentes, o artista assinou um termo em que se compromete a não sair de casa. A informação foi negada pelo próprio artista, que está em sua casa em São Petersburgo e soube do processo judicial pela imprensa russa.
"Se as autoridades me prenderem de verdade, será mais um prego em seu próprio caixão, já que com isso demonstrarão claramente o significado da minha ação na Praça Vermelha", disse, em entrevista por telefone com a agência de notícias Efe.
A informação sobre a abertura do processo é revelada dois dias após a Justiça russa ter rejeitado a primeira queixa-crime apresentada contra Pavlenski, por considerar que não havia provas para o crime de vandalismo. Diante da falta de acusações, o artista foi libertado.
Completamente nu, Piotr Pavlenski ficou preso durante mais de uma hora enquanto olhava seus testículos presos no calçamento em frente ao mausoléu de Vladimir Lênin, na Praça Vermelha, em Moscou, no último domingo, em que foi comemorado o "Dia da Polícia".
O artista chamou a ação de protesto de "Fixação" e a definiu como "metáfora da apatia, da indiferença política e do fatalismo da sociedade russa atual". O ativista foi hospitalizado e depois detido.
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