Protestos contra o governo da Tailândia paralisam ministérios
Milhares de pessoas continuam nesta terça-feira os protestos contra a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, que enfrenta uma moção de censura no Parlamento. Os manifestantes ocupam o Ministério das Finanças e cercam outros três prédios do governo.
Os manifestantes deixaram a sede da Chancelaria, ocupada na segunda (24), mas seguem a ocupar o prédio das Finanças. Enquanto isso, os militantes liderados por Suthep Thaugsuban, dirigente do opositor Partido Democrata, cercaram as instalações de outros quatro ministérios: Transportes, Turismo, Agricultura e Interior.
Gao Jianjun/Xinhua | ||
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Manifestantes contra o governo da Tailândia cercam frente do Ministério do Interior; outros quatro prédios foram alvo de protesto |
Neste último, centenas de policiais tentam impedir a entrada de quase 1.500 manifestantes no prédio do Ministério do Interior. "Pediram a todos os funcionários que deixassem seus postos e nós devemos partir porque vão cortar a água e a energia elétrica", disse o ministro dos Esportes, Somsak Pureesrisak.
Ao mesmo tempo, o debate sobre a moção de censura teve início nesta terça-feira, mas o governo espera superar o obstáculo, já que o partido Puea Thai conta com ampla maioria. "Todos devem obedecer a lei e não utilizar a lei da rua para ofuscar o Estado de direito", destacou Yingluck Shinawatra ao chegar ao Parlamento.
A presença policial foi reforçada desde que foi ampliada na segunda-feira à noite por toda Bancoc desde a aplicação de uma lei de segurança especial que permite impor um toque de recolher ou proibir os comícios. Mas a medida não afastou os manifestantes, que prometem uma "grande ação" na quarta-feira.
"Ocupamos o ministério das Finanças de forma não violenta e pacífica, nossos partidários em todo o país podem fazer o mesmo e ocupar todos os edifícios governamentais", declarou Akanat Promphan, falando em nome de Suthep, que perdeu a voz depois dos discursos de segunda-feira.
A revolta da oposição foi provocada por uma lei de anistia, especialmente redigida segundo os opositores para permitir que Thaksin escape de uma condenação de dois anos de prisão por fraude. O texto foi rejeitado pelo Senado, mas isto não acalmou os manifestantes.
Thaksin continua sendo a personalidade mais amada e mais odiada do país, dividindo a sociedade entre as massas rurais e urbanas pobres do norte e nordeste, leais ao ex-chefe de governo e às elites de Bancoc, que o consideram uma ameaça para a monarquia.
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