Depois de onda de saques, greve da polícia de Córdoba é encerrada
A greve da polícia estadual de Córdoba, segunda maior cidade da Argentina, chegou ao fim no início desta tarde.
Por causa da paralisação policial, o município viveu na terça-feira e na manhã desta quarta-feira hoje uma onda de saques e violência, com duas pessoas mortas, 60 feridas e 52 presas.
Um jovem de 20 anos morreu com um tiro no peito, anunciou o diretor do Hospital San Roque, Daniel Mercado, sem mais informações sobre a vítima.
Já o subdiretor do Hospital de Urgências, Rodolfo del Boca, revelou que um homem de 85 anos morreu quando assaltantes entraram em sua residência.
Nesta quarta-feira, as aulas e o transporte público foram suspensos e os bancos não abriram.
Os policiais pediam um salário mínimo de 13 mil pesos argentinos (R$ 4.997) - o atual é de 7.000 pesos (R$ 2.690). O governo aceitou aumentar para 8.000 pesos e a negociação foi encerrada.
Os saques atingiram supermercados, concessionárias de motos, lojas de eletrodomésticos e residências. Alguns locais foram incendiados. Na manhã desta quarta-feira, as principais emissoras de TV do país mostravam ao vivo cidadãos entrando nos supermercados e saindo carregados de coisas, sem se importar em mostrar a cara.
Antes da greve ser encerrada, o secretário de Segurança, Sergio Berni, havia anunciado o envio de 2.000 homens da força policial ligada ao governo federal e ao Exército.
A decisão foi tomada depois que o governador da Província de Córdoba, José Manuel de La Sota, criticou a Casa Rosada.
Às 4h de hoje, de La Sota usou o Twitter para reclamar de falta de ajuda do governo federal. Escreveu para a presidente Cristina Kirchner, também usuária da rede social: "@CFKArgentina reiteramos pedido urgente de envio do Exército a Córdoba. Os saques justificam uma resposta urgente".
Depois, o governador divulgou uma carta qual publicou o telefone de vários funcionários do gabinete presidencial que não teriam retornado às suas ligações.
Com agências de notícias
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