Parlamento da Rússia aprova projeto que pode anistiar Pussy Riot
A Câmara baixa do Parlamento da Rússia aprovou nesta terça-feira em primeira votação o projeto que prevê a anistia de diversos presos para marcar os 20 anos do fim da União Soviética. Se aprovada, a medida poderá beneficiar as duas integrantes da banda Pussy Riot presas desde o ano passado.
O projeto ainda poderá ser modificado e passará por novo escrutínio do Legislativo antes de ser levado para a sanção do presidente Vladimir Putin. Ativistas de direitos humanos consideram que a medida deverá beneficiar Nadezhda Tolokonnikova and Maria Alyokhina, presas por vandalismo agravado por ódio religioso.
As três gravaram um clipe na Catedral Ortodoxa de Moscou em fevereiro de 2012 cantando uma música que criticava o presidente Vladimir Putin. Além das Pussy Riot, a medida poderia beneficiar os 30 ativistas do Greenpeace acusados de vandalismo e pirataria ao protestar contra a exploração de petróleo no Ártico.
Os ambientalistas, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, respondem a crime de vandalismo pela invasão de uma plataforma da Gazprom em setembro. Eles foram liberados após pagamento de fiança no mês passado e não podem deixar o país.
Ativistas de direitos humanos consideram que a anistia pode significar a retirada das acusações contra os membros do Greenpeace, como forma de diminuir as críticas internacionais a Moscou. A liberação das Pussy Riot, cuja pena termina daqui a três meses, também faria parte dessa estratégia.
O projeto, no entanto, não abre margem para a soltura de opositores políticos de Vladimir Putin, como o ex-magnata do petróleo Mikhail Khodorkovsky e o líder opositor Alexei Navalny, condenado a cinco anos de prisão por roubo em uma decisão que despertou acusações de motivação política.
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