CIA ajudou Exército colombiano a matar dirigentes das Farc, diz jornal
A CIA (agência de inteligência americana) ajudou o Exército colombiano a matar ao menos 24 líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) através de um programa secreto, revelou neste domingo o jornal "The Washington Post".
O periódico indica que o plano contra as Farc, uma ativa organização guerrilheira que está atualmente mais vulnerável e que atua há décadas na Colômbia, foi autorizado pelo presidente americano George W. Bush.
Esse programa conjunto seguiu sendo executado depois com o presidente Barack Obama, segundo fontes militares americanas, de inteligência e diplomáticas citadas pelo jornal.
A ajuda secreta para combater as Farc contou com um orçamento multimilionário da ajuda militar americana do chamado "Plano Colômbia", que começou em 2000.
Para o jornal americano, as Farc, surgidas há 50 anos, foram "o grupo insurgente melhor financiado do mundo".
O periódico baseou sua informação em entrevistas com mais de 30 funcionários americanos e colombianos tanto da atual como de administrações anteriores e a maioria dos entrevistados fizeram suas declarações sob a condição de anonimato.
"The Washington Post" cita o caso ocorrido em março de 2008 no qual a Força Aérea colombiana com a ajuda dos Estados Unidos lançou bombas inteligentes através da fronteira com o Equador para matar o dirigente das Farc, Raúl Reyes, então "número dois" da guerrilha.
A reportagem assegura que este programa secreto na Colômbia é uma das maiores ações da inteligência encoberta desenvolvidos pelos Estados Unidos desde os atentados do dia 11 de setembro de 2001.
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