Passageiros do navio russo vão para a Tasmânia após resgate na Antártida
Os 52 passageiros do navio russo que está preso na calota de gelo da Antártida viajam nesta sexta-feira rumo à Tasmânia, após terem sido regatados em uma operação considerada como uma das mais difíceis no continente gelado pelas autoridades australianas.
Os passageiros, entre eles três cientistas latino-americanos, foram retirados do Akademik Shokalskiy - preso no gelo desde a véspera de Natal - em vários voos de helicóptero até um iceberg e depois transferidos em um barco para o navio quebra-gelo Aurora Australis, em uma operação que levou várias horas.
O resgate aconteceu depois que várias tentativas, por via marítima e aérea, fracassaram devido às más condições meteorológicas na baía de Commonwealth, situada a quase 2,8 mil quilômetros ao sul da cidade australiana de Hobart, na Tasmânia.
O chefe da divisão de emergências da Autoridade Australiana de Segurança Marítima, John Young, considerou que a operação foi uma das mais difíceis já realizadas na Antártida devido às complicações geradas pelo movimento do gelo e pelas mudanças súbitas nas condições meteorológicas.
"A dificuldade de ter uma janela de bom tempo e condições apropriadas do gelo realmente complicou nossa tarefa e, neste caso, outro agravante foi realizar a transferência de 52 pessoas que não estavam capacitadas para este ambiente", disse Young em entrevista à agência australiana "AAP".
Os passageiros, entre cientistas e turistas, estão em mar aberto a bordo do Aurora Australis e seguem rumo à estação antártica de Casey, onde o navio quebra-gelo australiano deverá reabastecer.
Em seguida, o quebra-gelo levará os resgatados até Hobart, onde devem chegar em meados deste mês. Já a tripulação do Akademik Shokalskiy permanece no navio à espera do derretimento da calota de gelo em que está preso.
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