Operação do Exército sírio deixa mais de 40 mortos em Aleppo
Mais de quarenta rebeldes da oposição, classificados pelo regime sírio como "terroristas', morreram neste sábado em uma operação do Exército na cidade de Retian, na província de Aleppo, informou a agência de notícias oficial "Sana".
A agência, que cita uma fonte militar, disse que a maioria dos mortos eram estrangeiros.
Retian, situada ao norte da cidade de Aleppo, foi tomada na sexta por militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), vinculado à Al Qaeda, após enfrentamentos contra rebeldes de outras facções, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A fonte militar acrescentou que também foram alvo das Forças Armadas "concentrações de terroristas" que estavam próximas do aeroporto de Nairab e da prisão central de Aleppo, assim como áreas de Maaret al Artik, Al Gali e Yadedieh.
Além disso, o militar informou que dois grupos armados foram "eliminados" nos arredores do bairro de Al Sayed Ali e de Al Haidaria, no interior de Aleppo.
A cidade foi alvo de uma grande ofensiva dos insurgentes no final de julho de 2012 e de outras grandes operações importantes, o que permitiu aos grupos opositores dominar amplas áreas da localidade, embora sem conseguir o controle total da região.
Desde o dia 3 de janeiro, Aleppo e os povoados em suas imediações são também cenário de choques entre o EIIL e rebeldes de facções islamitas.
BOMBARDEIOS
Pelo menos treze pessoas morreram neste sábado, entre elas uma mulher, devido a bombardeios do regime sírio em diversas partes do centro do país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Pelo menos sete pessoas morreram em um ataque de aviões do Exército contra várias localidades da cidade de Suran, na província de Hama.
Na cidade de Homs, também no centro do país, pelo menos seis pessoas morreram pelo impacto de várias bombas disparadas por desconhecidos no bairro de Al Auar.
Pelo menos um insurgente perdeu a vida pela explosão de um carro-bomba em uma localidade entre a cidade de Azaz e o posto fronteiriço de Al Salama, entre Síria e Turquia.
Mais de 130 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, segundo os últimos dados divulgados pelo OSDH.
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