Chefe militar volta a rejeitar apoio a golpe de Estado na Tailândia
O chefe das Forças Armadas da Tailândia, Thanasak Patimaprakorn, voltou a rejeitar apoio a um golpe militar contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, por causa dos protestos da oposição. Para ele, a crise política provocada pelas manifestações não é critica ao ponto de usar medidas como o estado de exceção.
As declarações são feitas um dia após a explosão de uma granada contra um ato de opositores na capital Bancoc, em que uma pessoa morreu e 35 ficaram feridas. Devido ao ataque, o líder dos opositores, Suthep Thaugsuban, convocou um novo protesto e responsabilizou o governo pela ação.
Rungroj Yongrit/Efe | ||
Manifestantes protestam em avenida de Bancoc, na Tailândia; chefe militar volta a descartar golpe |
Em entrevista à imprensa local, o chefe militar afirmou que os rumores de golpe não têm fundamento e que a situação política atual não é crítica para que se recorra a legislações especiais, apesar dos três meses de intensos protestos da oposição.
Ele desmentiu os rumores levantados pelo chefe do Exército, Prayudh Chand-ocha, em dezembro. Na ocasião, o militar não havia descartado uma intervenção das Forças Armadas, após uma manifestação violenta que deixou dois mortos.
PROTESTOS
Neste sábado, opositores voltaram ao local onde foi jogada a granada que provocou a explosão de sexta (17) e voltaram a pedir a saída da primeira-ministra. Outro grupo ocupou a sede da Polícia Nacional em Bancoc, sem encontrar resistência.
Em entrevista, a chefe de governo afirmou que não tem relação com o ataque e desmentiu que queira criar um clima de violência, como acusam os manifestantes contrários à sua administração. Na última segunda (13), a primeira-ministra ordenou a retirada das forças de segurança para evitar confrontos.
Os opositores, que protestam desde outubro, desejam a saída da premiê que, para eles, é uma marionete na mão de seu irmão, Thaksin, deposto em 2006 pelo mesmo grupo que protesta hoje. Eles rejeitaram a eleição parlamentar convocada para 2 de fevereiro e desejam a criação de um conselho político escolhido pelo rei.
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