Comissão independente avaliará vigilância e liberdade na internet
Uma comissão independente para investigar o futuro da internet foi anunciada nesta quarta-feira no Fórum Econômico Mundial, em Davos, em mais uma ação após as revelações de Edward Snowden sobre o programa de espionagem da Agência Nacional de Segurança americana (NSA, em inglês).
A comissão será liderada pelo ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, e deve durar dois anos.
Além de tratar de privacidade e vigilância na web, o grupo também deve se concentrar na censura estatal a internet.
A comissão, segundo comunicado, fomentará discussões públicas e debates sobre o futuro da governança da internet através de uma plataforma pública de consulta e de outros canais institucionais, midiáticos e acadêmicos.
Os integrantes, além disso, darão uma "visão estratégica" sobre o futuro da rede, que deve servir como roteiro para os países que defendem uma internet "livre e aberta".
A comissão foi estabelecida por dois centros de pesquisa e terá 25 membros –políticos, acadêmicos e ex-agentes de inteligência.
Bildt afirmou que as questões sobre liberdade, segurança e vigilância na internet estão sendo cada vez mais debatidas. "A liberdade na internet é tão fundamental quanto liberdade de informação e de expressão na nossa sociedade", disse.
As revelações de Snowden, após causarem atritos diplomáticos entre Estados Unidos e aliados, fizeram com que o presidente americano Barack Obama anunciasse uma série de reformas na NSA na semana passada.
Além disso, o Parlamento Europeu e o Congresso americano têm inquéritos próprios sobre as denúncias de espionagem em massa.
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