ONU condena pagamento de resgate em caso de sequestro terrorista
O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta segunda-feira uma resolução que pede aos Estados membros que não paguem resgate financeiro ou político a terroristas em casos de sequestro, ou de tomada de reféns.
O texto, a primeira resolução especificamente dedicada ao tema, reafirma os compromissos anteriores antiterroristas acordados no âmbito da ONU, ou da última cúpula do G8, em junho de 2013, na Irlanda do Norte.
O Conselho de Segurança "pede aos Estados membros que impeçam os terroristas de aproveitar resgates, ou concessões políticas, direta ou indiretamente, e que façam o possível para libertar os reféns sãos e salvos".
A resolução, adotada por unanimidade por iniciativa da Grã-Bretanha e com o apoio de Estados Unidos e França, destaca que os sequestros e a tomada de reféns realizados por grupos como a Al Qaeda se multiplicam e que "os resgates são uma fonte de receita" para esses grupos.
"Estimamos que, em três anos e meio, os grupos afiliados à Al-Qaeda e outros grupos islâmicos extremistas arrecadaram pelo menos 105 milhões de dólares" em resgates, disse à imprensa o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant.
A resolução também convida os Estados, pela primeira vez, a cooperar com o setor privado, ou seja, com as empresas que tenham funcionários que possam ser feitos reféns. Nesse sentido, o texto incentiva a adoção de "boas práticas que se impõem para prevenir os sequestros terroristas, ou enfrentá-los sem pagar resgates".
Segundo o embaixador, essa resolução não prevê sanções, caso seja desrespeitada, e depende de cada país traduzi-la em sua legislação nacional.
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