Integrantes da Pussy Riot dizem que foram presas em visita a Sochi
As duas integrantes da banda Pussy Riot que foram condenadas por cantar uma música contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma igreja de Moscou afirmaram nesta terça-feira que voltaram a ser presas, desta vez em Sochi.
Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova dizem terem sido levadas pela polícia enquanto caminhavam pela cidade, que sedia os Jogos Olímpicos de Inverno. Pelo microblog Twitter, Alyokhina afirmou que as duas foram presas pela suspeita de ter cometido um crime.
As duas foram liberadas horas depois pela polícia russa, mas não deram mais detalhes sobre o motivo da prisão. A polícia ainda não comentou sobre a prisão das ativistas.
Segundo o marido de Tolokonnikova, as integrantes da Pussy Riot haviam viajado a Sochi para gravar cenas do documentário "Putin ensinará como amar a pátria", que faz críticas ao presidente.
As duas haviam sido anistiadas por Putin em dezembro, depois de cumprir um ano e meio de uma pena de dois anos de prisão por vandalismo agravado por ódio religioso.
As ativistas foram condenadas por tentarem gravar um clipe de uma música com críticas a Putin na Catedral Ortodoxa de Moscou, em fevereiro de 2012. Elas acusam o governo de perseguição política e receberam apoio de celebridades como Madonna e Bono, do U2.
As integrantes da Pussy Riot voltaram na semana passada à Rússia, após uma turnê pela Europa e os Estados Unidos.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis