Na Bósnia, Angelina Jolie pede esforços na luta contra o estupro como arma de guerra
A atriz Angelina Jolie e o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, pediram nesta sexta-feira, em Sarajevo, uma intensificação na luta contra o estupro como arma de guerra.
"A utilização do estupro como arma de guerra é um dos crimes mais atrozes e mais selvagens contra os civis. É tão brutal, é uma violência tão extrema, que é até difícil falar a respeito", afirmou Angelina Jolie, embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
A atriz fez um apelo para que as missões de paz em todo mundo tenham como prioridade impedir estes crimes.
Elvis Barukcic/AFP |
A atriz Angelina Jolie e o chanceler britânico, William Hague, visitam cemitério de Srebrenica |
Por sua parte, Hague lamentou que a violência sexual seja utilizada deliberadamente como arma de guerra em conflitos como na Síria, República Centro-Africana e Sudão do Sul.
Milhares de mulheres, em sua maioria muçulmanas, foram estupradas durante a guerra na Bósnia e apenas 33 autores desses crimes foram julgados e condenados.
VIOLÊNCIA E GUERRA
Jolie e Hague, que preparam para o mês de junho uma cúpula em Londres a fim de acabar com o estupro como "arma de guerra", participam nesta sexta-feira de uma conferência sobre a prevenção desse crime, organizada pelo Ministério bósnio da Defesa.
Hague também se reuniu com membros da Presidência da Bósnia e, na companhia de Jolie, visitaram Srebrenica, cidade conhecida pelo massacre de muçulmanos cometido em julho de 1995 pelas forças sérvias da Bósnia.
A atriz protagonizou em 2011 um longa-metragem sobre a violência sofrida pelas mulheres durante a guerra da Bósnia (1992-95). Ela viajou várias vezes ao país para se reunir com refugiadas do conflito e para participar do Festival de Cinema de Sarajevo, em julho de 2012.
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