Afeganistão atrasa em um dia resultado da eleição presidencial
O resultado final da eleição presidencial realizada no Afeganistão há mais de um mês será anunciado na próxima quinta-feira (15), um dia mais tarde do que o planejado devido a um elevado número de queixas de eleitores, segundo as autoridades eleitorais.
Os resultados preliminares no final de abril indicaram que nenhum candidato teria maioria absoluta. Se os resultados finais confirmarem essa contagem inicial, um segundo turno será realizado entre os dois principais concorrentes –o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah e o ex-diretor do Banco Mundial Ashraf Ghani.
O resultado final será anunciado na quinta-feira às 11h (3h30 de Brasília), segundo as autoridades eleitorais.
O anúncio foi adiado porque a comissão de reclamações não entregou seu relatório a tempo.
Um porta-voz da comissão disse que o órgão recebeu um número inesperadamente elevado de queixas, com mais de 900 classificadas como grave o suficiente para alterar o resultado da eleição.
Nas eleições anteriores, em 2009, foram registradas 815 queixas e mais de um milhão de votos foram desconsiderados por serem fraudulentos.
As fraudes daquela eleição levaram Abdullah a retirar sua candidatura no segundo turno contra o atual presidente afegão, Hamid Karzai.
A eleição designará o sucessor de Hamid Karzai, o único presidente a governar o Afeganistão desde a queda do regime Taleban em 2001.
CANDIDATOS
De acordo com os resultados preliminares, Abdullah terminou em primeiro com 44,9% , seguido por Ghani com 31,5%. O segundo turno está marcado para 7 de junho.
Cerca de sete milhões entre 12 milhões de eleitores possíveis enfrentaram a ameaça Taleban contra as eleições e votaram.
No primeiro turno, em 1.130 dos 20.561 colégios eleitorais a votação não pôde ser realizada por problemas de insegurança ou de infraestrutura.
O presidente Karzai foi constitucionalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato.
Seu sucessor terá de enfrentar uma série de desafios, o principal é conduzir o país à soberania depois de mais de uma década de ocupação militar estrangeira. A maioria das tropas de combate estrangeiras devem se retirar até o final do ano.
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