Ebola poderia acabar com problema de imigração, diz direitista francês
Jean-Marie Le Pen, fundador do partido da extrema-direita francesa Frente Nacional (FN), disse que a epidemia do vírus ebola na África poderia resolver o problema da "explosão populacional" do mundo e o problema de imigração da Europa.
Pouco antes das eleições do Parlamento Europeu, que começam nesta quinta (22) e vão até domingo (25), Le Pen disse durante um evento da FN que "o ebola poderia resolver isso em três meses", se referindo a "explosão demográfica".
Ebola é que é uma doença altamente contagiosa, que não tem tratamento específico e cuja taxa de mortalidade chega a 90%. Um novo surto da doença surgiu em Guiné, em março, e está afetando também a Libéria. Até o início de abril, tinham sido detectados 157 casos em Guiné, com 101 mortos, dos quais 67 foram confirmados por testes de laboratório; e na Libéria fora detectados 21 casos, com 10 mortes, cinco delas confirmadas em laboratório
Os surtos surgem normalmente em aldeias remotas da África Central e Ocidental, próximo a florestas tropicais, de acordo com a OMS. Neste momento, o vírus, que tem cinco estirpes, só existe no continente africano, mas já houve casos nas Filipinas e na China.
Le Pen disse ainda que há o risco de que os franceses sejam substituídos por imigrantes caso seu partido não chegue ao poder para mudar as políticas de imigração.
Leis anti-imigração são uma das principais propostas da FN, que lidera a intenção de voto para o Parlamento Europeu na França.
Le Pen foi acusado e condenado algumas vezes por xenofobia e antissemitismo. Em 2005, foi multado em €15.000 por declarações sobre muçulmanos ao jornal "Le Monde", mas apelou da decisão.
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