Candidato presidencial sobrevive a atentado que mata 10 pessoas em Cabul
Um atentado suicida contra o candidato favorito para as eleições presidenciais no Afeganistão, Abdullah Abdullah, que saiu ileso, deixou pelo menos dez pessoas mortas e dezenas de feridos nesta sexta-feira em Cabul, informou uma fonte oficial.
O ataque ocorreu por volta das 12h20 locais (4h50 de Brasília) quando Abdullah voltava de um ato eleitoral e um carro-bomba explodiu em sua passagem, segundo um comunicado do Ministério do Interior.
O atentado ocorreu perto do Hotel Ariana, no distrito de Kot-el-Sangi, após Abdullah participar de uma caravana eleitoral.
O candidato, que se dirigia para outro hotel da cidade, declarou posteriormente a uma emissora local que estava bem.
Um suicida explodiu um carro-bomba e outro indivíduo que estava a pé detonou um cinto de explosivos na passagem do comboio do candidato, disse à Agência Efe um porta-voz da polícia, Hashmat Stanikzai.
Abdullah estava acompanhado do político afegão Zalmai Rasul, que também saiu ileso do ataque.
Um veículo colidiu com o carro blindado de Abdullah, que ficou destruído, e em seguida ocorreu a segunda explosão.
Janelas de edifícios da zona ficaram destruídas, entre eles o Hotel Ariana, base da campanha de Abdullah
O presidente afegão, Hamid Karzai, e o outro candidato que disputa o segundo turno, Ashraf Ghani, condenaram o atentado contra Abdullah, que em fevereiro foi vítima de outra tentativa de assassinato, nos arredores de Cabul.
Na segunda-feira, os talibãs ameaçaram retaliar quem participasse do segundo turno, marcado para 14 de junho. E por várias vezes tentaram atacar o hotel, que afirmam estar sendo utilizado pela CIA.
Abdullah Abdullah e Ashraf Gani estão disputando o segundo turno após conquistarem 45% e 31,6% dos votos.
A segurança foi reforçada em todo o país e especialmente em Cabul para a realização das eleições. Aliados do Afeganistão elogiaram a realização da votação e consideraram alta a participação da população, apesar da ameaça talibã.
O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que propiciou a queda do regime talibã há doze anos.
As forças da Otan concluirão sua missão no Afeganistão no final de 2014, mas os Estados Unidos anunciaram que manterão 9.800 soldados no país até completar sua saída total, no final de 2016.
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