Militar americano libertado pelo Taleban retorna aos EUA
O sargento Bowe Bergdahl, libertado pelo Taleban depois de passar quase cinco anos preso no Afeganistão, chegou aos Estados Unidos nesta sexta-feira (13).
Bergdahl desembarcou em San Antonio, Texas, em um voo procedente da Alemanha. Ele prosseguirá o tratamento no centro médico militar de Brooke, segundo o Departamento de Defesa.
Após sua troca em 31 de maio por cinco talebans detidos na base militar de Guantánamo, o sargento de 28 anos foi hospitalizado na base de Bagram, ao norte de Cabul, antes de ser transportado para o Hospital Americano de Landstuhl (Alemanha), por onde passam a maioria dos militares feridos no Afeganistão.
Em um breve comunicado, o Pentágono indica que o soldado "prosseguirá para a próxima fase do processo de reintegração".
"Não há prazos para o processo. Nosso objetivo é a saúde e o bem-estar", afirma a nota.
Bergdahl ainda não encontrou seus familiares e não há data para que isso ocorra.
ACUSAÇÕES
A decisão de fazer a troca rendeu críticas ao presidente Barack Obama.
Bergdahl foi acusado por alguns colegas de ser um desertor. De acordo com militares que serviram com ele, o sargento teria abandonado seu posto antes de ser capturado pelo Taleban.
Nesta quinta (12), jornais americanos revelaram que o militar não passou em um teste da Guarda Costeira em 2006.
Segundo o "New York Times", não se sabe as razões pela falha, mas acredita-se que ela foi causada por questões psicológicas.
Bergdahl só se alistaria no Exército dois anos depois. O Departamento de Estado disse que sabia que ele não tinha passado no treinamento da Guarda Costeira.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis