Ucrânia anuncia plano de paz e propõe diálogo aos separatistas
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, propôs neste domingo (22) abrir diálogo com os rebeldes pró-russos que não estejam envolvidos com casos de assassinato ou tortura. Ele apresentou seu plano de paz, que tem o apoio de Moscou, mas exige mais garantias.
Poroshenko anunciou o plano em discurso na televisão, depois de decretar um cessar-fogo de uma semana aos soldados que combatem desde abril os insurgentes do leste do país. Já houve ao menos 37 mortes nos confrontos. "O cenário pacífico é nosso principal cenário. É nosso plano A", afirmou.
A Rússia aceitou negociar com a Ucrânia, segundo o presidente Vladimir Putin confirmou em conversa com os líderes da França e da Alemanha. Pediu apenas que o cessar-fogo ucraniano seja real.
No final de semana, apesar do cessar-fogo, prosseguiram as trocas de tiros na fronteira. Soldados ucranianos diziam usar disparos de artilharia para repelir ataques dos rebeldes, que rechaçaram o cessar-fogo provisório. "Não sei dizer quem está por trás disso", afirmou Putin.
"Estão brincando de polícia e ladrão, dos dois lados", disse à AFP o analista político russo Kostantin Katachev. Segundo ele, Putin envia "mensagens contraditórias" para forçar seu correlato a negociar com os separatistas.
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