Primeiro-ministro do Iraque ignora pressão e descarta ampliar alianças
O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, descartou nesta quarta-feira (25) a ideia de formar um governo nacional de emergência para lutar contra os insurgentes sunitas.
Análise: Premiê luta para permanecer no cargo
"O pedido de formação de um governo nacional de emergência é um golpe contra a Constituição e o processo político", disse Maliki em um discurso exibido na televisão.
O premiê ainda não conseguiu formar uma coalizão após a vitória de seu bloco nas eleições legislativas de abril, mas seus aliados ocidentais desejam a formação o mais rápido possível de um governo de unidade que inclua todas as comunidades iraquianas. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, fez o pedido diretamente ao iraquiano em encontro em Bagdá, na segunda-feira.
"Os objetivos perigosos de formar um governo nacional de emergência não são desconhecidos. É uma tentativa dos opositores à Constituição de eliminar o jovem processo democrático e roubar o voto dos eleitores", completou.
Maliki, primeiro-ministro desde 2006, é acusado de ter estimulado a ofensiva dos insurgentes sunitas com sua política de "viés confessional".
18.jun.14/AFP | ||
O premiê do Iraque, Nuri al-Maliki, discursa em rede nacional de TV, de Bagdá |
ATAQUES
Segundo a rede de televisão americana CNN, aviões sírios atacaram posições do Exército Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) dentro do território iraquiano, violando a fronteira entre os países. Os ataques ocorreram na província de Anbar, onde o EIIL, que ameaça o poder iraquiano e também atua na Síria, obteve vitórias nos últimos dias.
Os bombardeios mataram 57 civis iraquianos e feriram 120, de acordo com autoridades locais do Iraque. De acordo com essas mesmas autoridades, foi possível confirmar que as aeronaves eram sírias porque elas portavam a bandeira do país e voltaram para o país vizinho após o ataque. A CNN disse ainda não ter confirmado com o governo da Síria a autoria dos ataques.
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