Presos palestinos em Israel concordam em encerrar greve de fome
Dezenas de detentos palestinos em Israel concordaram encerrar sua greve de fome, de acordo com anúncio feito nesta quarta-feira (25).
Eles protestavam contra as "detenções administrativas" -termo técnico israelense para o mantimento de presos por tempo indeterminado, sem acusação ou julgamento.
Os detalhes do acordo ainda não foram revelados. Mas, de acordo com relatos na mídia local, Israel irá retirar prisioneiros do isolamento e devolvê-los para suas unidades.
Há hoje cerca de 200 prisioneiros administrativos em Israel. Esse número deve dobrar, nesta semana, com as recentes detenções motivadas pelo desaparecimento de três israelenses.
O Exército de Israel já deteve mais de 400 palestinos desde o sumiço dos jovens, em 12 de junho. Eles pediam carona para retornar de suas escolas religiosas, na Cisjordânia. Há cerca de 5.000 palestinos hoje em prisões israelenses.
O fim da greve de fome, iniciada há dois meses, foi recebido como uma derrota política dos prisioneiros, já que o gesto não deve resultar em nenhuma concessão política por parte de Israel.
Os protestos dos detentos vinham, porém, preocupando autoridades israelenses. A morte de um prisioneiro palestino costuma ser recebida por sérias manifestações em Gaza e na Cisjordânia, onde esses detentos têm status de heróis e mártires.
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