Três suspeitos teriam confessado assassinato de jovem palestino
Pelo menos três dos seis israelenses presos sob suspeita de terem assassinato um adolescente palestino confessaram sua participação no crime, revelaram fontes policiais nesta segunda-feira (7).
Os suspeitos também já teriam participado da reconstituição do crime. Mohamed Abu Khder foi encontrado queimado na última quarta (2), em Jerusalém.
A suspeita é que sua morte foi uma vingança pelo assassinato de três adolescentes israelenses sequestrados na Cisjordânia. Os corpos foram encontrados no dia 30.
As mortes causaram um aumento de tensão entre o grupo radical Hamas e o governo de Israel. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusa a organização –que controla a Faixa de Gaza– de estar por trás das mortes dos adolescentes judeus.
O Hamas, por sua vez, disse em comunicado em seu site que os "inimigos sionistas pagarão um alto preço", segundo o jornal "New York Times".
O grupo disse que quatro de seus militantes morreram devido aos ataques aéreos que o Exército israelense faz em Gaza. Outros dois estariam desaparecidos.
Israel disse em um comunicado que havia atacado "nove posições terroristas e pontos de lançamento de foguetes na Faixa de Gaza".
Desde a noite de domingo, ao menos 14 mísseis atingiram o sul de Israel. Um dos foguetes atingiu os bairros periféricos da cidade de Beersheva, a capital do deserto de Neguev, a 50 km da Faixa de Gaza, sem deixar vítimas.
Também foram registrados novos protestos. "Cerca de 110 pessoas foram detidas durante a noite por perturbar a ordem pública, lançar pedras, destruir mobiliário urbano e atacar as forças de ordem", indicou à agência AFP Luba Samri, porta-voz da polícia de Israel.
'CABEÇA FRIA'
Netanyahu, se comprometeu a "fazer o necessário para recuperar a paz e a segurança" no sul de Israel".
Ele também pediu calma aos aliados. "Num momento como esse, devemos agir de forma responsável e com a cabeça fria para nos abster de declarações duras e impetuosas".
As desavenças sobre as ações em Gaza levou o ministro de Relações Exteriores de Israel, o nacionalista Avigdor Lieberman, a anunciar que seu partido vai abandonar a aliança com o Likud, de Netanyahu –mas se manterá no governo.
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