Rebeldes negam remoção de destroços do MH17; Ucrânia diz ter provas
Os rebeldes que controlam a região no leste da Ucrânia onde o voo MH17 da Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil na última quinta-feira (17) negam ter alterado a cena da tragédia.
Os grupos afirmam que estão preocupados com a situação humanitária no local, na medida em que os corpos das vítimas estão em decomposição e no calor, segundo o líder separatista Aleksander Borodai.
"Corpos de pessoas inocentes estão caídos no calor. Nos reservamos o direito, se o atraso permanecer, de começar o processo de retirada dos corpos. Nós pedidos à Rússia para que nos ajude com esse problema e envie seus especialistas", disse Borodai.
O líder dos rebeldes disse ainda que as caixas-preta da aeronave não foram encontradas, ao contrário do que estava sendo divulgado.
O grupo pró-Rússia liberou, neste sábado (19), a entrada de monitores da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa, na tradução do inglês) em parte da área onde ocorreu a queda do avião.
PROVAS
O governo da Ucrânia disse ter "evidências convincentes" que o grupo que disparou o míssil que teria derrubado o avião era formado por cidadãos russos com o apoio do governo.
Além disso, os governantes também denunciaram neste sábado (19) que os rebeldes pró-Rússia removeram 38 corpos do local do incidente. Segundo eles, o grupo também destruiu evidências de "crimes internacionais" que estavam entre os destroços do avião.
"Milicianos armados afastaram as equipes de resgate e os deixaram sem meios de comunicação. Levaram os corpos em um caminhão. De acordo com os milicianos, os corpos serão levados para a cidade de Donetsk", informou uma fonte do governo da região onde aconteceu o acidente, citada pela imprensa ucraniana.
O primeiro ministro ucraniano afirmou que homens armados impediram especialistas do governo de coletar evidências no local e ainda ameaçaram a equipe.
COOPERAÇÃO
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ligou para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, neste sábado, para usar sua influência e conseguir um cessar-fogo no conflito entre rebeldes e ucranianos.
Segundo um comunicado do governo alemão, os dois líderes concordaram que as investigações precisam ser lideradas por uma comissão de forma independente.
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