Análise: Hamas enfrenta agora críticas da opinião pública no mundo árabe
Ao contrário do que ocorreu no passado, a opinião pública árabe vê com reservas a ação do Hamas.
O apoio incondicional ao grupo, que prega a destruição do Estado judeu, cede lugar agora à desconfiança.
Entre a própria população palestina já há críticas abertas ao que se considera o alto preço a pagar em vidas e estabilidade econômica pela ação do grupo que tem, como únicos aliados, o Hizbullah libanês e os seus patrões iranianos.
Os islamistas do Hamas têm se mostrado incapazes de levantar as massas palestinas. Dessa vez não estão ocorrendo levantes de protesto nos territórios ocupados.
Rival do Hamas, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, criticou publicamente o grupo, num pronunciamento na TV. Acusou os islamitas de provocarem mortes desnecessárias e jogarem com sangue palestino ao provocar Israel.
O representante da AP no Conselho de Direitos Humanos da ONU reforçou as críticas aos extremistas, acusando-os de cometerem "crimes de guerra" ao tentaram atingir alvos civis em Israel.
Mas a mudança mais radical de atitude com relação ao Hamas vem do Egito, onde o presidente Abdel Fattah al-Sisi detesta o grupo extremista em razão das ligações que mantém com a Irmandade Muçulmana. Em vez de condenar Israel, pede ao Estado judeu que contenha suas ações militares para que se efetive um cessar-fogo.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis