Urbanização africana deu gás a avanço do ebola
O desenvolvimento urbano no continente africano contribuiu para amplificar a atual epidemia do vírus ebola, segundo reportagem publicada pelo jornal americano "The New York Times".
Conforme a reportagem, diferentemente de surtos anteriores da doença, que aconteceram em lugares isolados, este está numa região de fronteira, que conta com estradas recém-reformadas e grande fluxo de pessoas.
Lá, muitas das viagens ainda são feitas em mototáxis e em ônibus lotados, o que facilita o contágio.
Segundo o semanário americano "The New England Journal of Medicine", o "paciente zero" da atual epidemia foi um menino de dois anos que vivia no sul da Guiné e que morreu em 6 de dezembro, perto das fronteiras com Libéria e Serra Leoa.
É também o primeiro surto nessa região do continente–o que justifica, em parte, o seu despreparo.
Com 1.779 casos e 961 mortes, a atual crise já supera as anteriores somadas.
Na Libéria, foram cerca de 170 novos casos e 90 mortes apenas na semana entre 30 de julho e 6 de agosto.
Lá, contrariando as orientações para evitar concentrações, centenas têm lotado as igrejas da capital, Monróvia, para pedir pelo fim dessa epidemia.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis