Primeiro-ministro do Iraque diz que só deixa cargo após decisão judicial
O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, disse nesta quarta-feira (13) que a nomeação de Haidar al-Abadi para substituí-lo violou a Constituição e "não tinha nenhum valor".
Maliki disse que não deixará o cargo e que seu governo só será substituído se o Tribunal Federal determinar sua saída.
Editoria de Arte/Folhapress |
Para o premiê, a nomeação do novo primeiro-ministro não era válida sem a decisão final do Tribunal Federal, para o qual apelou na terça-feira (12) contra a decisão de encarregar Abadi com a formação de um novo governo.
Após sua nomeação pelo presidente Fuad Massum na segunda-feira (11), o xiita Abadi recebeu apoio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da ONU e da União Europeia. Também saudaram sua nomeação o Irã, aliado histórico de Maliki, a Liga Árabe e a Arábia Saudita.
A televisão estatal informou nesta quarta-feira que Abadi estava trabalhando na formação de um novo gabinete e no desenvolvimento de um programa de governo de acordo com outros blocos políticos.
O novo governo iraquiano terá o desafio de derrotar os radicais islamitas que tomaram parte do território do norte do país, ameaçando etnias minoritárias –o levou os EUA a interferirem no conflito, com ataques aéreos contra os militantes do Estado Islâmico.
O xiita Maliki, que ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 2006, é criticado por marginalizar iraquianos sunitas, curdos e minorias.
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