Com foco em católicos da China, papa Francisco viaja à Ásia
A primeira viagem do papa Francisco ao Extremo Oriente, que começa nesta quinta (14) na Coreia do Sul, é vista como vital para o futuro da Igreja Católica.
A passagem pelo leste asiático é um teste importante para o pontífice, popular nas Américas e na Europa.
"A presença do papa é o reconhecimento pelo Vaticano do crescimento mais alto da igreja na Ásia e na África subsaariana", disse Lionel Jensen, especialista em Ásia da Universidade de Notre Dame.
O Vaticano está especialmente interessado na China, onde católicos leais ao papa são perseguidos pelo regime, que dá respaldo a uma associação católica sob o guarda-chuva do Partido Comunista.
Apesar de o governo chinês não ter relações com o Vaticano, observadores afirmam que Francisco espera atrair a curiosidade dos chineses durante a passagem pela Ásia.
"Ele quer mostrar à China que eles não precisam ter medo da Igreja Católica", disse Bernardo Cervellera, editor-chefe da agência AsiaNews, vinculada à igreja.
A última viagem papal ao centro e ao leste da Ásia foi em 1999, quando João Paulo 2º esteve na Índia.
Para mostrar seu crescente interesse na Ásia, o Vaticano anunciou que o papa deve viajar às Filipinas e ao Sri Lanka no início de 2015.
Paolo Affatato, diretor de uma das agências de notícias do Vaticano, disse que a Ásia é a nova fronteira da evangelização devido à grande população jovem.
E é justamente com os católicos mais novos com quem Francisco deverá se encontrar em um dos eventos da agenda sul-coreana, o Dia da Juventude Asiática.
Assim como a China, a Coreia do Sul é considerada um terreno fértil. O número de católicos no país passou de 1,86 milhão em 1985 para 5,14 milhões em 2005.
A passagem de Francisco será um marco para os cristãos sul-coreanos, marcados pela perseguição da dinastia Joseon (1392-1897).
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