Estado Islâmico teria eliminado 700 membros de minoria síria, diz ONG
Em duas semanas, o grupo extremista Estado Islâmico executou 700 membros de uma tribo que combatia no leste da Síria. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a maioria dos mortos era civil.
O grupo, que acompanha casos de violência em todos os lados do conflito, que já dura três anos, diz que fontes confiáveis relataram a decapitação de muitos dos executados da tribo Sheitat, da província de Deir al-Zor. A tribo teria cerca de 70 mil membros; o total de execuções representaria um a cada cem deles.
O conflito entre os extremistas e a tribo explodiu depois que os militantes tomaram dois campos de petróleo em julho.
"Todos os que foram executados eram sheitats", disse Rami Abdelrahman, diretor do Observatório. "Alguns foram presos, julgados e mortos". Em apenas um dia, segundo um ativista que pediu anonimato, cerca de 300 sheitats teriam sido executados na cidade de Ghraneij. Os outros teriam sido mortos em combate.
Os moradores teriam recebido um ultimato para deixar suas casas em três dias. Os civis que fugiram foram abrigados em outras aldeias ou viajaram para o Iraque, segundo a fonte.
A Reuters não tem como verificar independentemente os relatos da Síria devido às condições de segurança locais.
Depois de proclamar um "califado" que se estende sobre partes do Iraque e da Síria, o Estado Islâmico vem atacando o norte do Iraque nas últimas semanas, afastando forças regionais curdas e desalojando dezenas de milhares de muçulmanos, cristãos e membros da minoria religiosa yazidi. Isso provocou os primeiros ataques aéreos dos EUA sobre o Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas em 2011.
Os insurgentes também vêm endurecendo suas ações na Síria, onde controlam cerca de um terço do país, especialmente regiões rurais no norte e no leste.
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