Jornalista americano retorna aos EUA após dois anos sequestrado na Síria
O jornalista Peter Theo Curtis voltou nesta terça-feira (26) aos Estados Unidos, dois dias após ter sido libertado na Síria.
Curtis foi mantido refém por quase dois anos pela Frente Al-Nusra, um grupo rebelde islâmico.
Curtis, 45, voou de Tel Aviv, em Israel, para Newark, em Nova Jersey, e dali foi para Boston, onde se reencontrou com sua mãe, Nancy Curtis.
"Estou muito comovido e emocionado, além de qualquer palavra, pelas pessoas que estão a minha volta hoje –desconhecidos no avião, o pessoal de bordo e, especialmente, toda a minha família– para me dar as boas vindas", disse Curtis após chegar a Boston.
"Estou profundamente em dívida com os funcionários americanos que trabalharam no meu caso. Quero agradecer especialmente ao governo do Catar por interceder a meu favor".
Curtis foi libertado na Síria no domingo (24), com a mediação do governo do Catar junto à Frente Al-Nusra, braço sírio da rede Al-Qaeda.
Pesquisador, escritor e jornalista freelance, Curtis foi entregue aos capacetes azuis da ONU nas Colinas de Golã, na fronteira com Israel, no domingo à noite.
OUTRO CASO
A libertação aconteceu menos de uma semana depois da divulgação do vídeo com o assasinato de outro jornalista americano, James Foley, sequestrado pelo Estado Islâmico (EI), que atua na Síria e no Iraque.
A morte de Foley reacendeu o debate nos EUA sobre o pagamento de resgates a grupos terroristas. A família de Curtis afirmou, no entanto, que o governo do Catar informou que não obteve a libertação do jornalista com um pagamento.
O sequestro de Curtis havia sido mantido em segredo pelas autoridades americanas.
O jornalista foi sequestrado na cidade turca de Antakia, quando tentava entrar na Síria para cobrir a guerra civil no país, que havia começado um ano antes, em 2011.
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