Secretário de Estado americano vai ao Iraque coordenar apoio contra radicais
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, visitou Bagdá nesta quarta-feira (10), iniciando uma viagem ao Oriente Médio para unir apoio militar, político e financeiro para derrotar os militantes da facção Estado Islâmico, que controla partes do Iraque e da Síria.
Kerry disse ter ficado impressionado com os planos do primeiro-ministro Haider al-Abadi para reconstruir as forças armadas iraquianas e pôr em prática reformas políticas mais amplas.
Mundialíssimo: O que é o Estado Islâmico?
Abadi formou na segunda-feira (8) um novo governo iraquiano, mais inclusivo, algo que o governo norte-americano considera vital antes que os EUA adotem novas medidas para ajudar a expulsar os militantes que assumiram o controle de grande parte do norte do Iraque este ano.
Brendan Smialowsky/Pool/Reuters | ||
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John Kerry chega ao Aeroporto Internacional Rainha Alia na Jordânia antes de viagem à Bagdá |
O parlamento iraquiano aceitou a maioria dos ministros propostos por Al Abadi, que tentou formar um governo integrado por representantes de várias correntes para acabar com a divisão política, o que foi elogiado por Washington.
Kerry disse a Abadi que se sente "encorajado" por seus planos para "reconstituir" o setor militar e "seu compromisso com a amplas reformas que são necessárias no Iraque para trazer todos os segmentos da sociedade iraquiana para a mesa (de negociações)".
O americano destacou o compromisso de Abadi com a participação de sunitas no governo e com acordos de petróleo com os curdos.
Brendan Smialowski/Reuters | ||
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Secretário de Estado americano, John Kerry (esq.), é recebido pelo premiê iraquiano, Haider al-Abadi |
Abadi fez um apelo à comunidade internacional e à ONU para que ajude o Iraque a lutar contra o Estado Islâmico, instando-a a "agir imediatamente para impedir a disseminação desse tipo de câncer".
O giro de Kerry pelo Oriente Médio vai incluir a Arábia Saudita e, provavelmente, outras nações árabes.
Na semana passada nove países, a maioria deles da Europa, foram definidos como o núcleo de uma coalizão contra a facção.
O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu acabar com o Estado Islâmico, facção que declarou um califado (Estado com leis islâmicas) nas terras que ocupa no Iraque e na Síria e assassinou muitos prisioneiros, incluindo dois jornalistas americanos, que foram decapitados.
Os EUA começaram bombardeios aéreos em território iraquiano contra o EI em 8 de agosto.
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