Austrália eleva alerta terrorista por risco de atentados no país
A Austrália elevou nesta sexta-feira (12) o alerta terrorista para o nível "alto" diante da ameaça de acontecerem atentados no país em retaliação a sua participação na ofensiva internacional contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, indicou em Melbourne que o risco de um atentado terrorista é provável, embora não iminente, que é o caso do máximo nível de alerta "extremo", informou a emissora australiana ABC.
Abbott explicou em entrevista coletiva que os serviços de inteligência não têm informação sobre a preparação de um atentado terrorista, mas de que há "pessoas com a intenção e a capacidade de organizar ataques".
O primeiro-ministro disse que a decisão também foi tomada pelo aumento dos australianos que lutam junto do EI na Síria e no Iraque ou que ajuda o grupo financeiramente ou recrutando militantes na Austrália.
As medidas não afetarão o cotidiano dos australianos, mesmo com o aumento da segurança em lugares e eventos públicos.
"O que as pessoas notarão é mais segurança nos aeroportos, mais segurança nos portos, mais segurança nas bases militares, mais segurança nos edifícios do governo e mais segurança nos eventos públicos", explicou.
Na quinta (11), Abbott apoiou a coalizão anunciada pelo presidente americano, Barack Obama, contra o EI na Síria e Iraque.
A última vez que Canberra lançou um alerta alto foi em 2003.
Segundo Canberra, até 60 australianos combatem no Iraque e na Síria, e outra centena fornece a partir da Austrália um apoio ativo aos movimentos sunitas radicais.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis