Rapaz que vazou dados ao WikiLeaks processa EUA para mudar de sexo
Um ano após ser condenado a 35 anos de prisão por vazar milhares de documentos confidenciais do governo americano para o site WikiLeaks, Bradley Manning entrou com uma ação judicial contra o Pentágono para receber um tratamento de mudança de sexo.
Na ação apresentada na terça-feira (23), o ex-analista de Inteligência do Exército –agora Chelsea Elizabeth Manning– argumenta que teve negado "o acesso ao tratamento médico necessário para sua desordem de gênero".
Desde que foi levado à prisão, no dia 21 de agosto de 2013, Manning busca um tratamento hormonal, já que se sente uma mulher no corpo de um homem.
Com o apoio da União de Liberdades Civis dos Estados Unidos, Manning exige do secretário de Defesa, Chuck Hagel, e do Pentágono o tratamento para a mudança de sexo, alegando que tem violado seu direito constitucional de não ser objeto de maus-tratos e de condição degradante.
Manning vazou mais de 700 mil documentos confidenciais para o WikiLeaks. Em 2010, o site começou a divulgar despachos diplomáticos e informações militares dos Estados Unidos, o que sacudiu o cenário internacional.
Gary Cameron - 4.jun.13/Reuters | ||
O soldado Bradley Manning ao deixar corte marcial (à esq.) e vestido de mulher |
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis