Em discurso na ONU, Abbas pede punição aos crimes de Israel
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, usou seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, nesta sexta-feira (26), para criticar duramente os ataques de Israel a territórios palestinos.
Ele classificou os bombardeios na faixa de Gaza como "uma série de crimes de guerra cometidos publicamente, todo o tempo". "Ninguém pode fingir não entender o tamanho destes crimes", afirmou.
"A vida de um palestino é tão preciosa quanto a de qualquer outro ser humano", disse. "Em nome da Palestina, eu afirmo aqui: não vamos esquecer nem perdoar. E não vamos permitir que criminosos de guerra escapem da punição."
Apesar disso, ele não mencionou os planos de aderir ao TPI (Tribunal Penal InternacionaI) para acusar formalmente o Estado de Israel destes crimes.
A última guerra entre palestinos e israelenses em Gaza -a terceira em seis anos-durou 50 dias e terminou em agosto com 2,140 palestinos, em sua maioria civis, e 72 israelenses mortos.
"Israel escolheu fazer neste ano uma nova guerra de genocídio perpetrada contra o povo palestino", disse.
No discurso, Abbas também afirmou que vai buscar uma resolução da ONU que determine um prazo para que Israel deixe territórios palestinos ocupados em 1967.
À agência de notícias Associated Press, os assessores do presidente afirmaram que o discurso incluiria a determinação de um prazo de três anos para o fim da ocupação, mas o trecho não apareceu no texto apresentado nesta sexta.
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