Cúpula de Prêmios Nobel da Paz é suspensa por ausência de dalai-lama
A 14ª reunião de cúpula dos Prêmios Nobel da Paz prevista para acontecer entre 13 a 15 de outubro na Cidade do Cabo foi suspensa depois que as autoridades sul-africanas negaram um visto ao dala-lama, o líder espiritual do Tibete, informou o município nesta quinta-feira (2).
"Os Prêmios Nobel e as instituições premiadas concordaram, ante a ausência de visto para o dalai-lama, em renunciar a sua participação coletiva para protestar contra esta decisão", indicou o governo da Cidade do Cabo, depois de explicar que os participantes estão procurando outro local para o encontro.
Seis prêmios Nobel já haviam anunciado que não participariam da reunião na África do Sul para protestar contra a negativa das autoridades em conceder um visto ao dalai-lama.
As seis premiadas são a ativista americana Jody Williams, a advogada iraniana Shirin Ebadi, a ativista liberiana Leymah Gbowee, a jornalista iemenita Tawakkol Karman, a ativista da Irlanda do Norte Mairead Maguire e uma representante da campanha internacional contra as minas terrestres.
A decisão foi anunciada por Rachel Vincent, porta-voz da organização Nobel Women's Initiative, com sede no Canadá.
A reunião de prêmios Nobel tem o apoio das fundações que representam quatro premiados sul-africanos (Desmond Tutu, Nelson Mandela, F. W. De Klerk e Albert Luthuli).
O dalai-lama participaria da reunião, mas as autoridades sul-africanas decidiram negar seu visto para não causar um mal-estar com a China, um importante sócio comercial.
A China considera o líder espiritual como um ativista a favor da independência do Tibete.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis