Israel condena reconhecimento do Estado palestino por britânicos
Israel afirmou nesta terça-feira (14) que a votação do Parlamento britânico a favor do reconhecimento do Estado da Palestina mina a perspectiva de paz.
"Um reconhecimento internacional prematuro envia aos dirigentes palestinos a mensagem alarmante de que podem evitar as decisões difíceis que as duas partes devem tomar e mina as possibilidades de alcançar uma paz verdadeira", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
Os parlamentares britânicos aprovaram na segunda-feira (13), por 274 votos contra 12, uma moção simbólica e não vinculante que pede ao governo o reconhecimento de um Estado palestino ao lado do Estado de Israel.
A Autoridade Palestina elogiou a votação, que chamou de "passo importante em direção à justiça e à paz".
"Nosso direito à autodeterminação não é objeto de negociações", afirma em um comunicado em nome da Autoridade Palestina Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
O governo do Reino Unido não considera a Palestina um Estado, mas diz que poderia fazê-lo se acreditasse que essa decisão ajudaria nas negociações de paz entre israelenses e palestinos
BAN KI-MOON
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, entrou nesta terça-feira na faixa de Gaza para uma visita simbólica, quase dois meses depois do fim da guerra com Israel.
Ban começou a visita por Shejaiya, um dos bairros mais devastados pelo conflito de julho e agosto.
O secretário-geral da ONU, que havia visitado o território palestino pela última vez em 2012, deve conceder uma entrevista coletiva em Jabaliya, em uma das três escolas das Nações Unidas transformadas em abrigos para as vítimas da guerra.
O conflito durou 50 dias e deixou 2.200 palestinos e 73 israelenses mortos.
Também se reunirá com ministros do governo de união palestino, formado pelo Fatah e pelo Hamas, que acaba assumir a administração da faixa de Gaza.
Desde 2007, Gaza estava em poder do movimento islamita Hamas.
Na segunda-feira, durante uma visita à Cisjordânia, Ban denunciou a colonização israelense e pediu aos dois lados que retome o processo de paz, antes de um encontro em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
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