Argentina condena 15 à prisão perpétua por crimes na ditadura
A Argentina condenou quinze pessoas, entre elas militares aposentados e civis, à prisão perpétua por crimes cometidos na última ditadura militar no país, de 1976 a 1983. Entre os condenados, estão o ex-chefe da polícia da província de Buenos Aires, Miguel Etchecoltz, que já havia recebido a mesma sentença em outro julgamento.
Os crimes ocorreram em um centro de detenção ilegal, o La Cacha, onde houve torturas e o assassinato de 135 pessoas, entre eles sindicalistas e estudantes. Uma das vítimas foi Laura Carlotto, a filha de Estela de Carlotto, líder das Avós da Praça de Maio. O local ficava nos arredores da cidade La Plata, a 60 km de Buenos Aires.
Carlotto estava presente no momento da sentença, junto a um grande público que aplaudiu a decisão.
Desde que a Argentina anulou as leis de anistia para a ditadura, há dez anos, 547 militares e ex-policiais foram condenados pela Justiça, segundo a agência France Presse.
Cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura argentina.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis