Prefeito mexicano renuncia em meio à crise de estudantes desaparecidos
O novo prefeito do município de Iguala, Luis Mazón, pediu nesta quarta-feira (29) ao Congresso do Estado de Guerrero, no México, para deixar seu cargo, poucas horas depois de ter sido designado em meio à crise política vinculada ao desaparecimento de 43 estudantes na cidade há mais de um mês.
Segundo a imprensa local, Mazón compareceu ao Congresso estadual acompanhado por seu irmão Lázaro, que até duas semanas atrás era secretário de Saúde do governo estadual de Ángel Aguirre, que pediu licença do cargo na semana passada pressionado pelo mal-estar social gerado pelo desaparecimento dos estudantes.
Lázaro Mazón é considerado o padrinho político do ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, que está foragido há um mês. Os promotores acusam Abarca de ter se unido ao cartel do tráfico Guerreros Unidos para fazer a emboscada
Até agora, não se sabe os reais motivos que levaram Luis Mazón a deixar o cargo.
Os 43 estudantes desapareceram em uma emboscada em Iguala (a 192 km da Cidade do México), em 26 de setembro.
Segundo a Procuradoria-Geral, eles foram atacados por policiais de Iguala e traficantes na saída da cidade. Na ação, cinco pessoas morreram e 26 ficaram feridas.
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