Presidente do México tem rejeição recorde
Atingido pelos protestos contra o desaparecimento dos alunos da escola normal de Ayotzinapa e por escândalos, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, tem o período de maior rejeição a seu mandato, iniciado em 2012.
Segundo pesquisa divulgada pelo jornal "El Universal" nesta segunda-feira (1º), 50% dos entrevistados reprovam seu governo, contra 45% em agosto. Do total, 54% dos consultados acham que Peña Nieto vive seu pior momento.
A pesquisa foi feita com mil pessoas de todo o México entre os dias 8 e 12 de novembro. No dia 7, a Procuradoria-Geral mexicana disse que três membros do cartel Guerreros Unidos haviam matado os estudantes de Ayotzinapa.
Eles desapareceram em 26 de setembro em Iguala, no Estado de Guerrero (a 192 km da Cidade do México), em uma emboscada de traficantes e policiais municipais.
Nesta segunda, houve bloqueios a estradas e invasões a lojas em Chilpancingo, capital de Guerrero, e ao aeroporto de Oaxaca, em protesto contra o sumiço.
ESCÂNDALO
Além do caso Ayotzinapa, Peña Nieto começou a ser questionado pela relação com uma empreiteira que integra o consórcio vencedor da construção do trem-bala da capital a Querétaro.
A licitação foi cancelada. O Grupo Higa, que venceu licitações no Estado do México quando Peña Nieto era governador, também foi responsável pela construção da mansão de sua mulher, a atriz Angélica Rivera.
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