Radicais somalis do Al Shabaab matam ao menos 36 no Quênia
Ao menos 36 pessoas morreram nesta terça-feira (2) em um ataque reivindicado pelos rebeldes somalis do Al Shabaab no nordeste do Quênia, informou a Cruz Vermelha.
O ataque aconteceu na cidade de Koromei quando, em um acampamento próximo a uma pedreira, homens fortemente armados separaram os trabalhadores muçulmanos dos cristãos, e dispararam contra estes últimos, declararam fontes policiais ao jornal queniano "Daily Nation".
AFP | ||
Corpos de quenianos executados pelo Al Shabaab próximo a Mandera, no Quênia |
"Nossa equipe está na região para ouvir depoimentos", afirmou a Cruz Vermelha queniana. Koromei fica a 15 quilômetros de Mandera, uma cidade isolada, próxima da fronteira com a Somália.
O ataque foi reivindicado na Somália pelo Al Shabaab, que reiteraram que a organização será "intransigente, implacável e sem piedade" na luta contra o Quênia.
Editoria de arte/Folhapress |
"Quase 40 cruzados do Quênia morreram em outro ataque de sucesso executado pelos mujahedins da brigada Saleh Nabhan em Koromei, nas proximidades de Mandera", disse o porta-voz do grupo, Ali Mohamud Rage.
A ação "faz parte de uma série de ataques planejados" no Quênia, segundo o porta-voz.
"É uma resposta à ocupação queniana de terras muçulmanas, assim como às atrocidades cometidas pelo governo deste país", acrescentou Mohamud Rage.
REPRESÁLIA
O Al Shabaab, leal à Al Qaeda, afirma que os sequestros são represálias às operações da polícia queniana nas mesquitas de Mombaça, o grande porto do sudeste do Quênia.
"Como o Quênia persiste em ocupar terras muçulmanas, mata muçulmanos inocentes e os joga nas prisões, vamos persistir para defender nossa terra e nossa população", afirmou Eage.
Mandera fica perto do local onde, em outubro, os islamitas executaram 28 não muçulmanos depois de um sequestro.
O Quênia é cenário de muitos ataques desde sua intervenção militar na Somália em 2011. As tropas das União Africana se uniram às forças quenianas na luta contra os islamitas somalis.
O grupo Al Shabaab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, luta para instaurar um Estado islâmico wahhabista na Somália e foi incluída, em março de 2008, na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo americano.
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