Em luto oficial, Paquistão enterra jovens vítimas do Taleban
Os moradores da cidade paquistanesa de Peshawar enterraram nesta quarta-feira (17), entre cenas de dor e luto, as vítimas do ataque Taleban em uma escola. Um total de 132 estudantes morreram.
O Paquistão amanheceu de luto, com bandeiras a meio mastro, colégios fechados e o início dos funerais.
Vigílias com velas e rezas em mesquitas em honra aos falecidos ocorreram ao longo de toda a noite em diferentes cidades paquistanesas.
Centenas compareceram ao enterro de Zeeshan Safdar em Nowshera, sua cidade natal, a 43 quilômetros de Peshawar, onde a escola administrada pelo Exército foi atacada. Entre a multidão, sua mãe gritava para que não lhe separassem de seu filho.
Osama Khalid também morreu no ataque e foi sepultado entre rezas de sua família e sua comunidade em Peshawar.
"Criei meu filho durante 20 anos e em 20 minutos estes terroristas desumanos o tiraram de mim", disse o pai do jovem.
Maria Farooqi, 14, foi assassinada na escola no mesmo dia que seu pai lhe prometeu um telefone celular se tirasse boas notas nas provas.
"Deu um beijo e disse a ela que compraria um telefone se seus resultados fossem bons", disse o pai às televisões locais após um grande enterro.
O ataque aconteceu na terça (16) em um colégio administrado pelo Exército em Peshawar e terminou com um total de 132 estudantes e nove empregados mortos e 131 feridos. Também morreram os sete terroristas dentro da escola.
O principal grupo talibã paquistanês, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou o ataque. A ação foi uma vingança pela ofensiva dos militares contra o Taleban nas áreas tribais do Paquistão.
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