Maioria segue alheia à política onde houve protestos recentes, diz pesquisa
Recentemente, protestos demandando maior participação política irromperam em países em desenvolvimento e desenvolvidos.
Entretanto, uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, centro de pesquisas americano, sugere que boa parte da população destas nações continue alheia à política.
Apesar da maioria votar nas eleições, poucos se empolgam com outras formas de participação política.
Dentre os países pesquisados, a média dos que dizem ter participado num protesto é de apenas 15%. Apenas 9% afirmam ter assinado alguma petição.
Lalo de Almeida/Folhapress |
Manifestantes atravessam a ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus, em São Paulo (SP), em junho de 2013 |
Além disso, muitos dos entrevistados disseram que jamais se engajariam em diversas formas de atividade política citadas na pesquisa.
A taxa de participação varia de acordo com os países pesquisados.
Segundo a pesquisa, pessoas mais velhas votam mais que as jovens, mas os mais novos são mais suscetíveis a participar politicamente de outras maneiras, tais como ativismo online.
Cerca de 75% dos pesquisados dizem crer que o voto é uma maneira mais efetiva de influenciar as decisões governamentais. Nenhum outro método de engajamento político é considerado efetivo por mais da metade dos entrevistados.
Apenas 19% dos entrevistados acreditam que o governo escuta suas vozes. O número é ainda menor dentre os países latino-americanos, onde apenas 13% disseram achar que os políticos se importam com suas opiniões.
ORIENTE MÉDIO
Na contramão dos outros países, o oriente médio, palco da Primavera Árabe, registrou os números mais altos de participação.
53% dos que responderam às perguntas foram incluídos na categoria de "alta participação".
O Egito é um caso à parte. 47% dos egípcios afirmam ter participado de algum protesto, maior porcentagem entre todos os países pesquisados.
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