Bomba em estrada deixa 49 mortos no Afeganistão; 7 eram civis
Uma bomba usada durante enfrentamentos entre forças de segurança e insurgentes no Afeganistão deixou ao menos 49 mortos –7 dos quais civis– neste sábado (20), informaram as autoridades locais.
Os sete civis, entre eles crianças e idosos, estavam em um veículo e morreram após depois que a bomba explodiu perto de uma estrada na província de Kunar, afirmou o porta-voz do governador provincial, Abdul Gani Mosamem.
O ataque ocorreu em Sangar Gosha, no distrito de Nari, quando o veículo vinha da capital da província, Asadabad, afirmou o porta-voz.
Os atentados suicidas são, ao lado dos artefatos explosivos improvisados, os métodos mais usados pelos talibãs para atacar as forças afegãs e internacionais, embora na prática causem muitas vítimas civis.
O número de vítimas civis no conflito afegão aumentou 19% entre janeiro e novembro em relação a 2013 e já alcançou três mil mortos e seis mil feridos, segundo dados da ONU.
ATENTADOS
No distrito de Quash Tapa, na província de Jawzjan, sete policiais e cinco supostos insurgentes morreram no ataque de aproximadamente 300 talibãs contra um posto de controle policial. As forças de segurança conseguiram conter o avanço insurgente após duas horas de enfrentamentos.
Outros doze supostos talibãs ficaram feridos após o ataque a um posto da polícia, disse o chefe da polícia da província, Faqir Mohammed Jawzjani.
Além disso, as operações das forças da segurança afegãs em várias partes do país deixaram 28 supostos insurgentes e dois agentes mortos nas últimas 24 horas.
Em Dangam, na província de Kunar, os combates prosseguem pelo oitavo dia, desde que no domingo passado cerca de 1.200 insurgentes afegãos e paquistaneses realizaram ataques coordenados contra postos de segurança na localidade.
O Afeganistão atravessa um dos momentos mais complicados desde a invasão dos Estados Unidos e o final do regime talibã, há treze anos, com um aumento nos últimos meses dos ataques insurgentes. A missão da Otan no país será finalizada em 31 de dezembro.
No entanto, os Estados Unidos manterão 10.800 soldados e a Aliança Atlântica entre três e 4 mil militares no país, desempenhando um papel de assessoria e treinamento.
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