China condena ataque hacker à Sony, mas não põe culpa em Coreia do Norte
O governo da China disse nesta segunda-feira (22) que se opõe a todas as formas de ataques eletrônicos, mas que não há provas de que a Coreia do Norte seja responsável por atacar a Sony Pictures, como disseram os Estados Unidos.
A Coreia do Norte negou que seja culpada e prometeu devolver qualquer retaliação dos EUA, ameaçando a Casa Branca e o Pentágono.
Os hackers disseram que ficaram enfurecidos com uma comédia da Sony sobre o assassinato fictício do líder norte-coreano Kim Jong-un, cuja estreia mundial foi cancelada por ameaças.
"Antes de fazer qualquer conclusão é necessário que haja uma completa prestação de contas dos fatos e embasamento", disse a porta-voz do ministério das Relações Exteriores Hua Chunying.
Ela disse que o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, "reafirmou a posição relevante da China, enfatizando que a China se opõe a todas as formas de ciberataques e ciberterrorismo" em uma conversa com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, no domingo (21).
A China é a única grande aliada da Coreia do Norte, e seria crucial para qualquer esforço norte-americano contra o isolado país. Washington pediu a Pequim e a outras nações uma cooperação para impedir futuros ataques.
Mas os EUA também acusaram a China de fazer espionagem eletrônica no passado, e uma autoridade norte-americana disse que o ataque contra a Sony pode ter usado servidores chineses para mascarar suas origens.
A agência estatal de notícias da Coreia do Norte disse que não sabia quem invadiu a Sony Pictures.
"Não sabemos quem ou onde estão, mas podemos dizer com certeza que são apoiadores e simpatizantes da República Democrática Popular da Coreia", disse a agência de notícias KCNA.
"Nosso mais duro contragolpe será dado audaciosamente contra a Casa Branca, o Pentágono e todo o território dos EUA, a fossa de terrorismo, superando em muito a 'resposta simétrica' declarada por Obama", disse a agência.
A ciberespionagem contra a Sony revelou milhares de e-mails embaraçosos dos executivos da empresa e levou o estúdio a cancelar a estreia do filme "A Entrevista", uma paródia sobre um complô da CIA para assassinar Kim Jong-un.
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