O Brasil deve deixar em segundo plano a OMC e focar acordos como o Mercosul/UE?
O Brasil deve continuar apostando na OMC (Organização Mundial do Comércio), única negociação em que pode de fato obter concessões na área agrícola.
Mas o país não pode permitir-se o luxo de ficar esperando que a Rodada Doha [negociação da OMC iniciada na capital do Qatar, em 2001] saia do pântano em que se instalou.
Precisa negociar, com a mesma vontade, em outros âmbitos, em especial com a União Europeia e com os Estados Unidos.
Precisa, acima de tudo, decidir se continua apostando em um Mercosul em sua atual fase catatônica ou trata de revitalizá-lo, defendendo, por exemplo, uma maior coordenação macroeconômica.
E, se não for possível ressuscitar o bloco, é melhor buscar negociações à margem dele.
Tudo o que não pode acontecer é o Brasil permanecer paralisado, porque o mundo não espera.
Além disso, não convém agarrar-se demais à sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), porque ela perdeu brilho e pelo menos um de seus membros (a Rússia) é, atualmente, má companhia.
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