Protestos contra grupo anti-islâmico reúnem 30 mil na Alemanha
Cerca de 30 mil alemães participaram nesta segunda-feira (5) de atos de repúdio a uma série de manifestações de um grupo de extrema direita contrário ao islã.
Em 22 de dezembro, a organização Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida, na sigla em alemão) levou 17 mil pessoas às ruas de Dresden, no leste do país, causando revolta na sociedade alemã.
Nesta segunda, grupos antifascistas, partidos de esquerda e aliados do governo fizeram atos em nove cidades alemãs para tentar ofuscar outra rodada de protestos.
Apesar da condenação, cerca de 18 mil pessoas foram ao ato do Pegida em Dresden, onde outras 5.000 protestaram contra a manifestação.
A mobilização contra o grupo anti-islâmico, porém, foi maior no resto do país. Em Berlim, onde 5.000 participaram do ato, militantes de esquerda impediram a chegada de cem manifestantes ao Portão de Brandemburgo.
Fabrizio Bensch/Reuters | ||
Manifestantes anti-imigração protestam em Dresden, na Alemanha, apesar de atos contrários a grupo |
O principal monumento da capital alemã teve as luzes apagadas em sinal de repúdio ao protesto. O mesmo aconteceu com a estação de trem e a catedral de Colônia, onde o cardeal Rainer Woelki se engajou na campanha.
Embora não abertamente favorável a impedir a imigração, o Pegida atraiu xenófobos e neonazistas. Em mensagem de Ano-Novo, Merkel condenou os atos por serem "motivados pelo preconceito e o ódio contra estrangeiros".
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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