Diretor e mais quatro cartunistas de jornal são mortos em ataque em Paris
O diretor e mais quatro cartunistas do jornal satírico francês "Charlie Hebdo", alvo de um ataque a tiros em sua sede em Paris nesta quarta-feira (7), estão entre os 12 mortos no atentado.
O atentado matou oito profissionais da publicação, dois policiais, um funcionário que estava na recepção e um convidado da empresa.
Entre as vítimas estão Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e diretor da publicação, e os também cartunistas Jean Cabut (Cabu), Georges Wolinski, Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, e Philippe Honoré (Honoré).
Há relatos de que os atiradores estavam chamando as vítimas pelo nome, o que sugere que o ataque foi planejado com antecedência.
Os terroristas invadiram a redação do jornal e abriram fogo. O jornal já sofreu ataques por publicar caricaturas e líderes muçulmanos e do profeta Maomé. Em 2011, a redação foi alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas sobre Maomé.
De acordo com a polícia francesa, três homens entraram na sede da publicação portando metralhadoras AK-47, fizeram disparos e depois fugiram em um carro dirigido por um quarto elemento do grupo. Eles foram até a região da estação de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, onde abandonaram o veículo e sequestraram um outro, expulsando o motorista na rua.
Editoria de arte/Folhapress | ||
Rocco Contento, porta-voz de um sindicato de policiais, afirmou que houve aumento das medidas de segurança à sede do jornal por causa de ameaças recentes e que os homens entraram no local com a intenção de matar.
Segundo um jornalista do "Charlie Hebdo", citado pelo jornal francês "Le Monde", os atiradores chegaram ao local na hora da reunião da redação. "Os agressores sabiam que às 10h de quarta-feira havia uma reunião editorial semanal. No resto da semana não há muitas pessoas no local", afirmou.
Veja abaixo vídeo do ataque:
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