Mais de cem mil vão às ruas de cidades da França por vítimas de atentado
Mais de cem mil pessoas foram às ruas de cidades de toda a França, nesta quarta-feira (7), para homenagear as vítimas do atentado contra o jornal satírico "Charlie Hebdo", segundo estimativas da AFP.
Em Paris, 35 mil pessoas foram à Place de la République (Praça da República), no centro da cidade, perto da sede do "Charlie Hebdo", segundo a polícia. Muitos exibiam um adesivo preto, com a mensagem "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), um lema em solidariedade às 12 vítimas do ataque.
Os manifestantes somaram entre 13.000 e 15.000 em Rennes (noroeste), entre 10.000 e 15.000 em Toulouse (sudoeste) e 7.000 em Marselha (sudeste), segundo cifras da polícia.
Na manhã desta quarta-feira (7), a sede do jornal satírico francês foi alvo de um ataque a tiros. Ao menos dois homens armados entraram no prédio e abriram fogo, deixando 12 mortos, incluindo dois policiais e cinco cartunistas do jornal.
Durante a ação, os atiradores bradaram "Allahu akbar" (Deus é o maior, em árabe) e disseram que estavam "vingando o profeta [Maomé]". Depois, fugiram de carro.
A redação do jornal já foi alvo de ataques anteriormente por publicar charges satíricas sobre Maomé. Em 2011, foi alvo de um incêndio criminoso.
O presidente francês, François Hollande, definiu o episódio enquanto um "atentado terrorista" e pediu "união". Diversos líderes ao redor do mundo se pronunciaram condenando o ataque.
Surgiu uma mobilização espontânea nas redes sociais e nas ruas de diferentes cidades ao redor do mundo em repúdio ao atentado.
A frase "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie") se popularizou enquanto um mote em solidariedade às vítimas do ataque
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