Grupo palestino Hamas condena ataque contra jornal francês
O movimento islamita palestino Hamas condenou neste sábado o atentado jihadista contra o jornal francês "Charlie Hebdo" que matou 12 pessoas.
"O Hamas condena as agressões contra o 'Charlie Hebdo' e insiste no fato de que a diferença de opiniões e de pensamento não pode justificar a morte", afirma o comunicado, escrito em francês.
O movimento responde assim às acusações do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que associou o Hamas e o Hezbollah a movimentos jihadistas, notadamente o Estado Islâmico.
"O Hamas condena as tentativas desesperadas do primeiro-ministro israelense de fazer uma ligação entre, de um lado, nosso movimento e a resistência de nosso povo, e, do outro, o terrorismo através do mundo. Essas tentativas infelizes estão condenadas ao fracasso", afirma o comunicado.
Na véspera, o chefe do Hezbollah xiita libanês também fez uma declaração a respeito da situação, afirmando que os jihadistas que realizam atentados no mundo são mais nocivos para o Islã que as obras que fazem piada com Maomé, sem se referir, no entanto, ao ataque contra a revista Charlie Hebdo em Paris.
"Neste momento, é mais do que nunca necessário falar do profeta devido à conduta de alguns grupos terroristas que reivindicam defender o Islã", afirmou Hassan Nasrallah, cujo partido xiita combate os movimentos jihadistas sunitas na Síria com o regime de Bashar al-Assad.
"Através de seus atos imundos, violentos e desumanos, estes grupos atentaram contra o profeta e os muçulmanos mais do que fizeram seus inimigos (...) mais que os livros, os filmes e as caricaturas que injuriaram o profeta", acrescentou o chefe do Hebollah, em um discurso televisivo.
Nasrallah não mencionou ou condenou o ataque contra a Charlie Hebdo. Ele se referiu, no entanto, à França ao afirmar que após as atrocidades cometidas pelos jihadistas em Síria, Iraque, Líbano, Paquistão, Afeganistão e Iêmen, "o flagelo alcançou agora os Estados que exportaram (estes extremistas) para nossos países"
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