Cingapura localiza parte principal da fuselagem de avião da AirAsia
Um navio da Marinha de Cingapura localizou nesta quarta-feira (14) a parte principal da fuselagem do Airbus A320 da AirAsia que caiu com 162 pessoas a bordo no mar de Java em 28 de dezembro.
O avião, que seguia de Surabaia, na Indonésia, para Cingapura, desapareceu após pedir autorização para desviar de nuvens de tempestade. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
Segundo o ministro da Defesa da cidade-estado, Ng Eng Hen, imagens captadas por um submarino não tripulado revelam partes das asas do avião e palavras escritas na fuselagem.
Ele informou que as autoridades da Indonésia, que comandam as buscas, já foram avisadas e devem começar a vasculhar os destroços. Especialistas acreditam que os corpos da maioria dos passageiros estão nesta parte do avião.
Por enquanto, só foram recuperados os corpos de 48 das 162 pessoas que viajavam no aparelho. As autoridades indonésias analisam o conteúdo das caixas-pretas, recuperadas na segunda (12) e na terça (13).
Uma delas recolhe os dados do voo e das condições meteorológicas, enquanto a outra grava as comunicações na cabine de comando. O processo de análise poderá se prolongar por até um mês.
RELEMBRE O CASO
O voo QZ-8501 deveria chegar a Cingapura duas horas após ter decolado de Surabaia, mas caiu no mar de Java após 40 minutos de voo.
O avião transportava 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malasiano e um cingapurense, entre 155 passageiros e uma tripulação de sete membros.
No dia do acidente havia formações de 'cumulus nimbus', nuvens em forma de espiral com ar quente e úmido que geram fortes chuvas e raios.
O piloto chamou a torre de controle na Indonésia quando sobrevoava o mar de Java pelo sul de Bornéu e solicitou permissão para virar à esquerda e subir desde 32 mil pés de altitude até os 38 mil para fugir de uma tempestade.
A torre de controle aprovou a virada no momento, mas quando minutos depois chamou o piloto para aprovar uma subida para somente 34 mil pés, o avião tinha sumido.
O piloto, com mais de 23 mil horas de voo, seis mil delas com a AirAsia, não teve tempo de ativar o sinal de alarme.
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