Número de mortos em protestos contra 'Charlie' no Níger sobe para 5
Ao menos cinco pessoas morreram no Níger neste sábado (17) durante protestos contra a publicação de novas charges de Maomé na edição do jornal francês "Charlie Hebdo". Com isso, o número de vítimas no segundo dia de violência no país do norte da África chegou a dez. Os números foram atualizados em anúncio oficial do presidente Mahamadou Issoufou.
Dois corpos foram encontrados queimados dentro de uma igreja atacada nos arredores de Niamey, capital do Níger. Pelo menos outros seis templos cristãos foram incendiados ou saqueados.
Centenas de jovens se reuniram perto da Grande Mesquita de Niamey sob o slogan "Abaixo a França" e "Allah akbar" (Deus é o maior), embora as autoridades tenham proibido manifestações.
Depois, os incidentes se espalharam para vários bairros do centro da cidade e também nos arredores da catedral, que foi fortemente resguardada pela polícia de choque.
Os manifestantes também atacaram várias instalações da empresa francesa PMU e outras como a operadora de telefonia francesa Orange.
A chancelaria da França condenou os ataques e orientou seus cidadãos no Níger, uma ex-colônia francesa, a não sair de casa.
Mais cedo, o presidente François Hollande expressou "solidariedade" com muçulmanos que se sentiram ofendidos pelo "Charlie", mas disse que "a França tem princípios e valores, em especial a liberdade de expressão".
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