Homem que matou negro em 2012 nos EUA não é indiciado por racismo
O Departamento de Justiça dos EUA encerrou nesta terça-feira (24) a sua investigação sobre a morte do jovem negro Trayvon Martin, em 2012, sem indiciar George Zimmerman, autor dos disparos que mataram Martin, por crime de ódio racial.
Martin foi baleado por Zimmerman em um condomínio fechado, quando visitava a noiva de seu pai, residente no local.
O episódio provocou protestos demandando justiça e uma resposta do presidente Obama.
AP | ||
George Zimmerman (dir.), que matou Trayvon Martin em 2012, não será indiciado por crime de ódio |
Zimmerman foi condenado por uma corte da Flórida em 2013 por homicídio doloso (com a intenção de matar), porém sem acusações de racismo. Na ocasião, a defesa e alguns dos jurados afirmaram que se tratava de uma ação de legítima defesa.
O processo federal foi aberto para se empreender uma "investigação independente" sobre uma possível motivação de ódio racial no episódio, tendo em vista a lentidão das autoridades locais em prender e julgar Zimmerman.
Após investigações sobre o comportamento de Zimmerman e sobre as circunstâncias da morte de Trayvon, o Departamento de Justiça concluiu não haver evidências o suficiente para acusar o atirador de crime de ódio.
TENSÕES RACIAIS NOS EUA
A morte de Trayvon foi o primeiro de uma série de casos de assassinatos de jovens negros nos EUA, promovendo um debate sobre o sistema de Justiça e sobre os procedimentos policiais no país.
Atualmente, o Departamento de Justiça conduz investigações sobre a morte do jovem negro Michael Brown por um policial branco em Ferguson, em agosto.
Darren Wilson, o policial que efetuou o disparo que matou Brown, não deve ser indiciado pelo Departamento de Justiça, a pedido de investigadores federais. O policial já havia sido absolvido por um júri em novembro.
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