Autoridades congolesas liberam diplomata dos EUA detido em evento
Um diplomata americano detido em uma conferência pró-democracia na República Democrática do Congo foi libertado, mas os ativistas presos com ele continuam sob custódia, afirmou o governo do país nesta segunda-feira (16).
Forças de segurança congolesas prenderam cerca de 40 pessoas em uma conferência de imprensa em Kinshasa, capital do país, onde se reuniam ativistas, jornalistas e músicos.
"Ele retornou à embaixada na noite passada", afirmou o ministro da Informação do Congo, Lambert Mende, referindo-se ao diplomata Kevin Sturr, da agência americana para o desenvolvimento internacional USAID.
Outros ativistas internacionais presos no evento, de Senegal, Burkina Fasso e Congo, continuam detidos e "cada um terá o seu destino. O serão liberados ou colocados à disposição da promotoria pública", adicionou Mende.
No domingo (15), Mende havia dito que o serviço de inteligência do Congo suspeitava que a conferência, registrada como um encontro entre organizações da sociedade civil africanas, seria um projeto organizado por "instrutores sobre insurgência".
Editoria de Arte/Folhapress |
O evento foi organizado pelo movimento congolês Filimbi, que estimula o engajamento de jovens com a política.
As prisões ocorrem em um momento sensível para a política do Congo. O presidente Joseph Kabila deve deixar o cargo no ano que vem, mas opositores alertam para uma possível manobra que o mantivesse no poder.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a quatro continentes mostrar o que está por trás das barreiras que bloqueiam aqueles que consideram indesejáveis